segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A inclusão das crianças de 06 anos no Ensino Fundamental

 
A inclusão das crianças de seis anos noEnsino Fundamental
amplia a escolarização
para uma parcela significativa da população
brasileira que se encontrava, até então,
privada da educação escolar ou sem garantia
de vagas nas instituições públicas de ensino.
Como único nível de ensino de matrícula obrigatória
no País, o Ensino Fundamental, ao ter
sua duração ampliada de oito para nove anos,
traz para a escola um grupo de crianças que,
ao serem introduzidas nessas instituições,
entram em contato com uma cultura da qual
devem se apropriar. É importante também
considerar que, ainda que algumas das
crianças de seis anos já frequentassem
instituições pré-escolares, a entrada desse
segmento no Ensino Fundamental impõe
novos desafios, sobretudo pedagógicos,
para a área educacional. Como se sabe,
mesmo admitindo a expansão das vagas
como condição fundamental para a garantia
do direito à educação, é no âmbito das
práticas pedagógicas que a instituição educativa
pode tornar-se ela mesma expressão ou
não desse direito. Para que esse direito se
cumpra, portanto, e para que se configure
como promotor de novos direitos, o acesso
das crianças às instituições educativas e
sua permanência nelas devem consolidar-se
como direito ao conhecimento, à formação
integral do ser humano e à participação no
processo de construção de novos conhecimentos.
A construção dessa prática educativa
deve ter a criança como eixo do processo
e levar em conta as diferentes dimensões de
sua formação.
Nesta publicação, sem ignorarmos a
relevância das demais dimensões, discutiremos
uma delas, que, por seu caráter
complexo, multifacetado e precursor,
cumpre um papel fundamental na garantia
do direito à educação: o desenvolvimento
da linguagem escrita.




Fonte: Espaço Educar.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Férias para quê?

Por Içami Tiba
Apesar de todos os que pelo trabalho produzem algo que possa gerar dinheiro quererem usufruir das suas férias, nem todos conseguem “tirar suas férias” adequadamente. Para quem tem serviço próprio, as férias tomam espaços aleatórios e não raros são ocupados pelo próprio serviço. Os assalariados recebem férias obrigatórias. Os feriantes podem fazer o que quiserem com suas férias, inclusive vender este tempo ao seu próprio patrão e continuar o serviço que estava fazendo... Férias tem o sentido de descanso pelo que foi feito e preparo para o que precisa ainda ser feito.

Das 8.760 horas anuais existentes, descontando 2.680 horas que dorme, 1.920 que trabalha regularmente 8 horas por dia e 720 horas de férias, ficarão 3.440 horas, incluindo feriados e finais de semana, que serão consumidas pelo custo e estilo, voluntário ou imperioso, de vida em: filas; trânsitos; afazeres pessoais; comer e cuidar-se; dormir; amar; compromissos outros de complementação de renda; obrigações sociais e familiares; lazer e diversão; esportes e cuidados com a saúde; investimentos profissionais etc. A qualidade de vida não se mede somente pelas férias, mas pelas 3.440 horas durante os 11 meses de trabalho.

Você nunca fez esta conta? Para 720 horas de férias anuais, desperdiçamos 3.440 horas por ano em estilo de vida que levamos. Cada um sabe onde, quanto e como consome estas horas feriadas. Se não souber, é bom que saiba para ser dono, e não escravo, do seu tempo.

Profissões há como a dos professores, que além das horas trabalhadas nas aulas, consomem horas feriadas para o trabalho extra-aulas. Todas as profissões alheias parecem o gramado do vizinho que é sempre mais verde que o nosso. Cada um sabe dos próprios sacrifícios, mas desconhece os dos vizinhos.

Não é para classificar qual é a melhor profissão, mas a dos professores em salas de aulas não é das mais fáceis. Já ouvimos muitos arautos do futuro dizendo que a salvação do Brasil está nas mãos dos educadores. É preciso muita sabedoria para poder usufruir das merecidas férias e não simplesmente consumi-las.

Férias escolares quem tem são os alunos porque professores entram em recesso, que não é férias, pela obrigação que têm de estarem à disposição da Instituição do Ensino para atividades que envolvam reuniões e workshops pedagógicos, avaliações, planejamentos e preparações para o semestre seguinte. Os professores têm direito às férias como outros profissionais, marcadas de acordo com as diretrizes da Instituição. É preciso muita sabedoria para saber usufruir e não se deixar levar pelo ritmo dos outros não feriantes.

Dentro do possível, professores poderiam desfrutar da falta de compromisso e horários para alimentar o corpo e a alma com o que realmente lhes seja prazeroso: cuidar-se; leitura, música, teatros, filmes, televisão, Internet, jogos que ficaram para trás; dar-se um SPA; viajar com amigas; folgar como jovem em casa; atividades manuais sem correria nem obrigatoriedade etc.

Professores sufocados podem ser levados pelo próprio costume a se sufocarem para manterem as folgas alheias – familiares, amigos, parentes – e transformarem suas férias em pesadelos que geram necessidades de voltar urgentemente ao trabalho, doce trabalho!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Principais características da criança até 5 anos de idade e de seu desenvolvimento

As características mostradas são as mais comuns para cada faixa etária. É normal que a criança apresente um ou outro aspecto adiantado ou atrasado em relação à tabela de desenvolvimento, e isto vai depender essencialmente dos estímulos que a criança recebe no seu dia a dia, por isto, é imprescindível que os pais saibam como estimular seus filhos e também que o desenvolvimento da criança seja acompanhado pelo pediatra e/ou profissionais especializados.
0 a 3 meses
No primeiro mês, reage perante barulhos muito altos e pode se assustar com barulho inesperado.

Passa boa parte do tempo dormindo.

Seu sistema visual é limitado, portanto só enxerga algum objeto ou alguém se estiver bem próximo a ele.

No 2º ao 3º mês, o bebê já começa a acompanhar objetos e pessoas com os olhos e reconhece os pais.

Abre e fecha as mãos, leva-as à boca e suga os dedos.

Segura objetos com firmeza por certo tempo e consegue pegar objetos suspensos.
Desenvolve um tipo diferente de choro para cada problema que se apresenta, como por exemplo, o constante e agudo.

Com brincadeiras e músicas o bebê fica agitado, realizando movimentos de pernas, braços, sorri e dá gritinhos. Quando ouve a voz dos pais, o bebê vira a cabeça.

Comunica-se através do choro e ruídos. Imita alguns sons de vogal.

Nesta fase, é importante organizar a rotina do bebê, tornando os horários das atividades fixos, como por exemplo, trocar a fralda depois da mamada ou dar banho todos os dias na mesma hora.

É importante que a rotina seja de forma razoavelmente metódica.


4 a 7 meses


Fica na postura de bruços e se apóia nos antebraços quando quer ver o que está acontecendo ao seu redor.

Rola de um lado para o outro.

Estende a mão para alcançar o objeto que deseja, transfere-o de uma mão para outra e coloca-o na boca.

Apresenta equilíbrio quando colocado sentado. Ri quando algo o agrada e quando o desagrada mostra raiva através da expressão facial.

Nesta fase, alguns bebês podem demonstrar medo perante pessoas estranhas.

Fica repetindo os seus próprios sons e imita as vozes das pessoas ao seu redor Movimenta a cabeça na direção do som escutado.
Pára de chorar ao ouvir música.

Sorri quando quer atenção do adulto.

Formação do conceito de causa e efeito no momento em que está explorando um brinquedo.

Olha, chacoalha, e atira objetos ao chão.

8 a 11 meses

Engatinha e senta sem apoio.

Consegue ficar em pé com apoio.

Aponta para objetos ou pessoas.

Pega pequenos objetos com o indicador e o polegar Demonstrar raiva quando não é o centro das atenções.

Reconhece sua imagem no espelho e reage com euforia.

Reclama quando é contrariado. Localiza a fonte sonora.

Bate palmas, joga beijo e entende quando lhe dizem tchau.

Começa a compreende o significado de alguns gestos.

Balança a cabeça quando não quer alguma coisa.

Fase do treino com monossílabos do tipo: “ma-ma”, “da-da”, “ne-ne”.


1 a 2 anos

Anda sem apoio.

Com 1 ano e 6 meses pode começar a correr, subir em móveis e ficar nas pontas dos pés sem apoio.

Vira páginas de um livro ou revistas (várias ao mesmo tempo).

Gosta de rabiscar no papel.

Sabe quando uma ilustração está de cabeça para baixo. Mostra senso de humor.

Nesta fase, o bebê ainda não compreende as regras, contudo chora quando leva uma bronca e sorri quando é o centro das atenções ou quando é elogiado.

Quando está bravo, pode atirar objetos ou brinquedos.

É possessivo. Prefere não compartilhar brinquedos com as outras crianças. Reconhece o próprio nome.

A partir dos 18 meses começa a criar frases curtas.

A criança começa a formar frases com uma palavra só, tipo “nenê-papá, nenê-naná”, mas até o término do ano constrói frases de até três palavras como: “quer ver tevê”.

Esta é a fase das perguntas: “que é isso?”

Usa o próprio nome.

Reconhece as partes do seu corpo e de outras pessoas.

Apresenta atenção para histórias pequenas.
Ações que realiza Como Reage Como se comunica
2 a 3 anos Tira os sapatos.

Chuta bola sem perder o equilíbrio.

Gosta de dançar, consegue acompanhar o ritmo da música batendo palmas.

Nesta fase a criança está pronta para abandonar o uso das fraldas. Apresenta percepção de quem é.

Mexe em tudo e faz mal criação, testa a autoridade.

Tenta impor suas vontades.

Prefere companhia para brincar.

Gosta de participar dos serviços de casa, como por exemplo arrumar a mesa do jantar. As frases vão aumentando e surge o plural.

As crianças nesta fase tem uma ótima compreensão, entendem tudo que é dito em sua volta.

Pergunta: "cadê", "O que", "onde".

Fala de si mesma na 3a. pessoa.

Chama familiares próximos pelo nome.


3 a 4 anos

Consegue colocar suas roupas e tirá-las sem ajuda de um adulto.

Gosta de desenhar.

Nesta fase já consegue segurar um lápis na posição correta.

Consegue pedalar. Brinca com as outras crianças.

Apresenta interesse pelos sentimentos das pessoas que estão ao seu redor, por exemplo, se perceber que seu pai está triste, procura confortá-lo. Constrói frases com até seis palavras, sobre o dia a dia, situações reais e pessoas próximas.

Compreende a existência de regras gramaticais e tenta usá-las.

É comum a troca do '"r" pelo "l", a qual acaba por volta dos 3 anos e 6 meses.

Compreende os conceitos de igual e diferente.

É capaz de separar os brinquedos por tamanho e cor.

Lembra e conta histórias.

4 a 5 anos

Consegue usar a tesoura, corta papel.

Maior domínio no uso de talheres.

Consegue pegar a bola com as duas mãos quando está em movimento. Está mais sociável com as outras crianças.

Se sente grande perto das crianças menores.

Sente vontade de tomar as suas próprias decisões. Nesta fase o vocabulário da criança aumentou bastante, já fala muitas palavras.

Expressa seus sentimentos e emprega verbos como “pensar” e “lembrar”.

Também fala de coisas ausentes e usa palavras de ligação entre as sentenças, como por exemplo: “e então”, “porque”, “mas”, etc.

Gosta de inventar e contar as próprias histórias.

Consegue identificar algumas letras do alfabeto e números.

Fonte: Estimulando.com.br